I Concurso de Poesias Polo Poético – Escolha seu poema favorito!

O Polo EAD de Nova Friburgo, por meio da coordenação do curso de Licenciatura em Letras, está organizando o I Concurso de Poesias Polo Poético.

Das poesias enviadas, 10 foram selecionadas para participarem da grande final do dia 16 de agosto, na I Jornada de Letras, quando serão definidos os vencedores dos 5 prêmios, a saber:

_ Os três (3) melhores textos escolhidos pela banca examinadora (1º, 2º e 3º lugar);

_ A melhor declamação, também escolhida pela banca;

_ O mais votado na Internet.

Como destaca o regulamento do concurso, os prêmios são cumulativos.

A votação pela Internet estará aberta até o dia 15 de agosto, véspera da final. Cada Internauta terá possibilidade de UM voto, computado por meio de uma enquete ao fim da página de exibição dos textos. Após a escolha de uma das poesias, a troca não será possível. Ou seja, pense bem na hora de votar.

Os textos para a votação estão dispostos a seguir, em ordem alfabética. A votação deve ser feita na enquete ao final da página.

_________________________________________________

Com elas, a liberdade não é só uma

Palavras libertam ideias
Palavras representam todas as
liberdades desejadas.
Liberdade de dizer o que quer
de amar, de gostar, de querer e não querer
Libertam o sim e o não de todas as coisas.

Palavras ditas, escritas, ouvidas
dão aos sonhos vida.
Com as palavras, utopias são reais
verdades ou mentiras não têm medidas.

Quer ser livre? Quer ser tudo?
Quer ser dono do seu mundo?
A imaginação tudo isso possibilita,
mas sem palavras, nem ela se realiza.

Palavras, sinônimo de liberdade?
Será? Não será? O que escolher?
Escolhas são palavras que expressam
um caminho a ser liberto.
Então, melhor escolher
o caminho das palavras,
pois com elas, a liberdade
tem mil faces.

(Poletisa)

_________________________________________________

De Marília para Dirceu

Como leve pássaro pelo ar
Por entre os mil tons de azul do céu
É tua voz, meu poeta, a me chamar
Como quem grita pedidos de perdão
Como quem canta cantigas de ninar

Sinto bem forte o meu nome
Na tua boca
E sinto a forma do meu corpo
Em teu papel
Contigo, eu sou musa inspiradora
E tu, comigo,
És poeta
És Gonzaga
És Dirceu

Lança a flecha desse alvo
Pelo ar
As palavras de amor
Têm que voar!
Não se pode sufocar
Dentro do peito
Ou na estante
Nos teus livros
Velhos pra mofar

Em algum reino encantado
Eu espero
Um único beijo teu
Pra me acordar…

O seu coração me encontra,
Enquanto escreve,
E eu sigo sendo a causa
Da viagem
Ah! Que eu seja todas as musas
Do teu caderno,
Todas as letras:

Que a palavra deixe
De ser Verbo
E vire Carne.

(Marília de Dirceu)

_________________________________________________

Encontro

Com o pensamento livre e lápis na mão,
Vai-se a lugares longínquos
Jamais vistos pelos olhos,
Só vislumbrados pela imaginação.
A poesia é algo para todos.
É algo eterno e que não passa,
Mas só quem é desprendido
Consegue concebê-la sem amarras.
E consegue voar tranquilo
Saindo do papel com as palavras.
E consegue tornar bonito
O que antes não se achava.
Escrever é um sair de si para libertar o outro.
É tornar possível entre o leitor e o poeta
Um verdadeiro encontro,
De almas que anseiam ser livres para o mundo.
De almas que anseiam simplesmente tudo…

(Menina Flor)

_________________________________________________

“In media res”

Quando digo te amo
Não te amo
Quando não te amo
Te amo
Porque não deves me ouvir
Com os sentidos
– E falo sentidos num sentido
Para além dos teus cinco triviais sentidos –
Entre o que digo e não digo
Há uma distância que só se prolonga
Porque são elas –as palavras –
Que me escolhem o que dizer
Na hora em que bem lhes aprouver
E mesmo quando coincidimos em intento
Quem as ouve só compreende o que quer
E no sentido delas apreende apenas um
único,
Sem atentar ao fato da sua multiplicidade
de possibilidades.
Entre mim e as palavras
Portanto,
Permanece toda uma imensidão
Pois elas têm existência
Para além da minha vontade
E eu tenho vontades
Para além das vontades delas
Vontades que não ouso dizer,
Mas que, por vezes, teimam elas
Em resgatar lá do fundo de mim mesmo.
Não trazem nunca tudo à tona,
Pois permanece um mundo obscuro
E oculto aos olhos e ouvidos cá dentro.
Somos seres distintos eu e as palavras
– Ainda que eu as profira,
Mas nunca as dome –
Por isso nunca tentes me compreender,
Mas antes, sente-me
Na respiração,
No olhar,
No toque,
Na forma como junto
Grãos de areia
Para construir castelos
Recheados de sonhos e ilusões…
Sente-me no tombadilho do navio
Sempre caminhando na prancha
À beira do precipício…
Assim não precisarei dizer
Se te amo ou não
Pois tu saberás
E deixaremos às palavras
A sua liberdade
De exprimirem o que quer
Que seja
E de pertencerem
Somente a elas mesmas
E a quem as quiser ouvir.
Infinita Expressão

(Pery Lacê)

_________________________________________________

Liberdade em uma palavra

Quanta obscuridade quando não se tem liberdade.
Será tudo vaidade?
Em quantas faces se mostra a escravidão?
Hoje em dia, isso não tem perdão.

Religião, política, sexo, trabalho infantil…
Quanta escravidão nesse mundo já se viu.
O que fazer para a humanidade se libertar?
Só mais um pouquinho, que já vou recitar!

Em poemas livres ou em AABB,
Esta palavra não devemos esquecer.
Em nome dela, Ulisses, 10 anos navegou.
E o filho de Deus, ao terceiro dia, ressuscitou.

Segundo o poeta, na palavra, a liberdade tem 1000 faces,
Mas para Sócrates, mantê-la foi mais importante do que o disfarce.
Viver livre, eis a utopia do século XXI,
Mas nunca se cale, não seja mais um!

Quanto à palavra, já vou declamar,
Ela está na terra, no céu e no mais profundo mar.
Trata-se da que uniu Romeu e Julieta com muito fervor.
Eu estava falando, desde o início, do amor!

(Marlin Poeta)

_________________________________________________

Liberdade que devora

E a alma livre te enseja
que voes mundo a fora,
fazendo o que desejas
no aqui e agora.

E num sentimento que aflore
sua alteridade pela cidade.
Seja simplesmente,
um sentimento de liberdade.

Que assim devore a calamidade
que existe no ambiente
estéril e sujo, a cidade
Ambiente o qual
te escondem a verdade.

Que das muitas palavras
que definem a cidade
Liberdade passa longe,
tanto quanto o afeto
na cidade, es dejeto.

Tu vives preso num deserto
Esteves preso,
estejas certo
É um deserto
De concreto

(Cloe Pseudópode)

_________________________________________________

Maré de palavras, mar de sentidos

Como encontrar as palavras que me levam até o Amor?
Por quais caminhos, rotas, percursos, ondas navegarão meu pensamento
Para finalmente encontrar o que tanto almejo, o que tanto espanto?
Por quais mares, por quais terras, ares ou marés escondem-se de mim, enfim o meu
encantamento? O meu maior sentimento!
Como hei de aprisionar em poucos versos o Amor que mal cabe em meu peito?
Infinita é esta força, tão livre e tão indomável!
Que em mim aprisionou correntes que se quebrarão e inexoravelmente me levarão ao mar
puro da liberdade.
Como amainar essa fúria inebriante que arrebata este coração perdido e errante e que me tira
o sono e que me rouba a paz .
Se ao menos me visitasse em sonhos, em fantasia
Se ao menos me visse atravessar a rua…
Quais palavras, com quais palavras vou atrair-te até a mim, para que não mais fujas e surjas
das nuvens do impossível.
Que palavras vão sentir em seu âmago, o poder altivo que descreverá sua mais vibrante
emoção e sua mais doce explosão…
Serão as mais belas palavras, as livres, as mais puras
E ainda trarão os mais realizáveis sonhos de liberdade
E no mais estão todas por aí e quem sabe pelas ruas…

(Noctívaga)

_________________________________________________

Poesia para um café

Que toda a vida se passe em um segundo
Que a voz, que a cor dos teus olhos se estremeça em um piscar de olhos
Que o estranho se torne tão real quanto à nacionalidade de sua genuína cor
Que a cor, que é bela, nunca, jamais se converta no aparentemente comum
Que tudo o que me saia da boca seja tão poético como a espera de um café, feito para
conversar
Em uma mesa de um bar café
Que tudo o que um dia disse não seja esquecido
Não por pessoas, mas pela alma dos lugares que não guardam rancor
Que as histórias que carregam as paredes da cidade, as casas, os estacionamentos, os postes
de luz
inundem toda uma cultura que não para de crescer
Que a vida seja sempre mais que isso
Que isso não seja o que penso ser
Que existam para sempre, infinitamente novidades
Que seja tudo cor, no frio, no calor, no fresco
Na noite que um dia será dia
E no dia que uma noite será noite

(Alice Alternativa)

_________________________________________________

Polo Poético

Empolo
A palavra não dá conta
Conta cada dor
Adormece o amor
Silêncio rasgado
Palavrado
Ainda assim, escapado
Extrapolo
A palavra me dá colo
Colo cada pedaço
Refaço cada passo
Me desenlaço
Num polo de fuga
Num polo de solo
Nos dois polos:
Sou Polético.

(Apolo)

_________________________________________________

Sopros de Liberdade e Vida

Estou condenado à palavra, ao verbo
Logo sou logos, livre e larva
Sou prece, oração de pressa, de repente ausente
Palavra que ousa, lavra e se ressente ternamente ao ocaso
Pessoa, acaso e possibilidade
Asco e caso
Fachos de eternidade
E sopros pueris de inverno
As primaveras? As prefiro em julho
Os corcéis são mais dóceis e os ventos mais cálidos
São doces os hálitos, como as palavras: mel, melancia e goiaba
Como é lindo o Mar nestes dias nublados
Nos conta segredos profundos
E nos diz: nada, nada
Vagas bucólicas, gosto de sal
Também as primaveras de inverno e o Mar
Estão condenados à palavra, ao verbo
Oh! antigas constelações bailarinas desde os céus
Atlânticos e Antártidas lhes são aviltados
Tua beleza e esplendor são a face da minha alma
Um dia dançarei em teus rastros e ouvirei suas melodias
Liberdade é o brilho dos seus quasares
Todavia as constelações e os astros celestes
Estão condenados à palavra, ao verbo
Quando eu voltar pra casa depois do verão
Vou querer um inverno de cetim e um vinho gostoso
Que não me custe mais do que uns bocados
Uma lareira a crepitar lenhas de encanto das árvores que já não são.
Que neste dia Deus não me falte, me faça companhia de amigo íntimo
Ria comigo no desvelar dos meus devaneios
Que fale mais uma vez a palavra insondável
Que incendeia o coração e faz brotar dos olhos orvalho fresco
Que mais uma vez faça bradar o som
Que se ouviu antes da fundação do universo
O silêncio da liberdade
A elipse da vida
A palavra
O verbo

(Lívio Karnal)

_________________________________________________

Esse post foi publicado em Cultural, Letras, Polo EAD de Nova Friburgo. Bookmark o link permanente.

33 respostas para I Concurso de Poesias Polo Poético – Escolha seu poema favorito!

  1. Paula disse:

    Meu voto vai para ‘Polo Poético’.

  2. Nair Gevezier disse:

    talentosos poetas do polo.

  3. Adriana disse:

    Meu votovai para liberdade em uma palavra.( Marlen Poeta)

  4. Urbano disse:

    Liberdade em uma palavra, é histórico, filosófico, poético. Votei.

  5. Elisabete disse:

    O melhor é “Liberdade em uma palavra”, sem duvidas o meu voto vai para ele!

  6. Ana Maria De Souza disse:

    “Polo Poético” já ganhou! 🙂 Parabéns pela ótima poesia!

  7. crenir disse:

    Todos os poemas estão lindos, mas meu voto vai para Polo Poético

  8. Magda Rangel disse:

    Que lindos trabalhos!!! Parabéns a todos e que difícil escolha!!! Mas o voto foi para o Polo Poético. Sucesso para todos e até o próximo sábado.

  9. Julio Mazorche disse:

    Meu voto é para “POLO POÉTICO”.

  10. Carlos disse:

    Tudo pelo polo poético. . Rsrs

  11. Jéssica disse:

    Polo Poética, é linda ! 🙂

  12. S'antana disse:

    Liberdade em uma palavra, é maravilhoso!!! 🙂

  13. Wallace Mozer disse:

    Meu voto é sem dúvida para o Pólo Poético (Apolo).

  14. Tici disse:

    Meu voto é para Poesia para um café!!!

  15. Poesia para um café é ótima!

  16. Voto em “Poesia para um Café”, de Alice Alternativa.

  17. polofriburgo disse:

    Pessoal, o tema do nosso I Concurso Polo Poético é “Palavras: Mil faces da liberdade”, então, vamos manter o voto em segredo para dar liberdade a todos os leitores de escolher!? Agradecemos a participação e a colaboração de todos!!!

  18. Queli disse:

    Me apaixonei pela poesia Liberdade em uma palavra, é maravilhoso!!! Quero conhecer o autor… Parabéns!!!

  19. Beatriz disse:

    Lindas poesias!!!!! Mas a do Apolo “polo poético” sem dúvida é a mais linda…. Tocou o meu coração…

  20. Zilma disse:

    O meu voto vai para “Liberdade em uma palavra”….Parabéns!!!

  21. Sara Lima Lopes disse:

    Parabenizo a todos os futuros poetas e poetisas pela criatividade e grandiosidade pela qual alíngua portuguesa foi colocada, ufa! acho que o Brasil ainda tem chance, mas o meu voto foi para “Liberdade em palavras” e Sopros de liberdade e vida.
    Sucesso a todos!

  22. Anacleto disse:

    “Liberdade em palavras”, muito linda!!!

  23. Polo Poético, sem dúvida, a melhor!!!!!

  24. Eliane Kriegbaum disse:

    Valeu meu irmão,
    Quanta inspiração!
    Falar do amor com tanta emoção
    Só para quem realmente
    O tem no coração.
    Liberdade em uma palavra.

  25. Mayna Brum disse:

    The oscar go to :Maré de palavras, mar de sentidos (Noctívaga)

  26. Fonseca disse:

    Meu voto é para essa linda Poesia Liberdade em uma palavra “BRAVO ZULU”

  27. Andorinha disse:

    “In media res” é a minha expressão!! Paixão Avassaladora!!!

  28. maria disse:

    Maré de palavras, mar de sentidos! Parabéns!

  29. polofriburgo disse:

    A votação está encerrada!

    Agradecemos aos artistas e a todos que votaram!

    O resultado será divulgado amanhã, durante a I Jornada de Letras do Polo!

    Participem de mais este belo evento!

    A programação pode ser conferida no link:

    I Jornada de Letras do Polo EAD de Nova Friburgo e I Concurso Literário Polo Poético

    Att.
    Sergio

  30. Prezados, fui finalista do concurso poético. Gostaria de adicionar os outros finalistas no face e pessoas interessadas, com o intuito de trocarmos informações, discutirmos poesia, literatura e etc. e irmos desenvolvendo esse lado “poético”. Meu face é https://www.facebook.com/adriano.carneiro.3532

Deixar mensagem para Andorinha Cancelar resposta